domingo, 11 de fevereiro de 2018

Além da nossa galáxia, podem existir trilhões de mundos habitáveis.



Um novo estudo, publicado em 2 de fevereiro no The Astrophysical Journal Letters, dá a primeira evidência de que mais de um trilhão de exoplanetas poderiam existir além da Via Láctea. Usando informações do Observatório Chandra de raios-X da NASA e uma técnica de detecção de planeta chamada microlente, para estudar uma galáxia quasar distante, cientistas da Universidade de Oklahoma encontraram evidências de que existem aproximadamente 2.000 planetas extragalácticos para todas as estrelas além da Via Láctea. As galáxias de Quasar são objetos distantes, alimentados por buracos negros, um bilhão de vezes mais gigantes do que o nosso Sol.

“Podemos estimar que o número de planetas nesta galáxia distante é mais do que um trilhão”, diz Xinyu Dai, o professor de astronomia e astrofísica que liderou o estudo.

Alguns desses exoplanetas são pequenas exo-luas, enquanto outros são como grandes gigantes de gás como Júpiter. Ao contrário da Terra, a maioria dos exoplanetas são objetos deslocados, não estreitamente ligados às estrelas, vagando pelo espaço, ou vagamente orbitando entre as estrelas.

A metodologia de Microlente funciona como uma ampliação, diz o co-autor Eduardo Guerras. É um processo cheio de nuances que analisa as frequências emitidas por objetos celestiais que se movem, para observar como eles distorcem e ampliam a luz que vem dos objetos próximos deles. Esta luz então ilumina coisas que de outra forma não são visíveis…

..Já que esses objetos estão tão distantes – os corpos extragalácticos estão a cerca de 3,8 bilhões de anos-luz de distância – o método de microlente é a única maneira de se ter uma idéia de sua forma. Os pesquisadores sabem que estão olhando para planetas por causa da velocidade em que estão se movendo.

“Você pode ter esse efeito com estrelas, mas seria muito, muito menos provável. Seria muito menos frequente”, diz Guerras. “Se você tem apenas um planeta, as chances de observá-lo duas vezes são astronomicamente pequenas. Essas estrelas estão muito distantes. Não há como você observá-las por qualquer meio [tradicional]”, diz Guerras.

“Esperamos que outras equipes publiquem análises independentes para confirmar nossas descobertas”, diz Dai. “Acho que este é um caso em que as descobertas científicas podem ser desencadeadas pela centelha das ideias”.


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