terça-feira, 25 de abril de 2017

História sucinta da Tradicional Ordem Martinista (TOM)

O início de tudo aconteceu em 1754, quando Martinès de Pasqually [teósofo do século XVIII - (1710-1774)] criou a Ordem Iniciática dos Elus-Cohen. A base do trabalho iniciático era a reintegração do homem mediante a prática teúrgica. Essa Teurgia, em última instância, apoiava-se no relacionamento do homem com as hierarquias angélicas, única via, segundo Pasqually, para sua reconciliação com a Divindade. O Martinismo, contudo, não é uma extensão da Ordem dos Elus-Cohen, e com o falecimento de Pasqually, em 1774, seus ensinamentos tomaram caminhos distintos. Dois discípulos de Pasqually sobressaíram-se e impuseram orientações esotéricas específicas para o pensamento original de seu Mestre: Jean-Baptiste Willermoz (1730-1824) e Louis-Claude de Saint-Martin (1743-1803) conhecido sob o Nome Iniciático de Phil … Inc … (PHILOSOPHE INCONNU).

Willermoz, adepto da Franco-Maçonaria e da teurgia, apesar de não ter transmitido àquela Agremiação as práticas teúrgicas dos Elus-Cohen, fez com que, em 1782, os ensinamentos de Martinès de Pasqually fossem incorporados aos graus de Professo e de Grande Professo da aludida Fraternidade.

Já Louis-Claude de Saint-Martin renunciou à Teurgia - senda externa - em proveito da senda interna. Considerava a teurgia perigosa e temerária. Reputava, outrossim, arriscada a invocação angelical quando operada pela via externa. O caminho era o interior. Saint-Martin desejava: entrar no coração da Divindade e fazer a Divindade entrar em seu coração.

Martinès de Pasqually
A iniciação transmitida por Saint-Martin perpetuou-se até o final do século XIX. Mas não foi ele próprio o fundador de uma associação com o nome de Ordem Martinista. Havia, entretanto, uma Sociedade dos Íntimos (Círculo Íntimo) formada de discípulos que recebiam a iniciação diretamente de L.C. de Saint-Martin. No final do século XIX, dois homens eram os depositários desse conhecimento e dessa iniciação: Gérard Encausse e Pierre-Augustin Chaboseau. Foram esses dois homens, Gérard Encausse, mais conhecido como PAPUS, e Augustin Chaboseau que, em 1888, decidiram transmitir a Iniciação de que eram depositários a alguns buscadores da verdade e fundaram a ORDEM MARTINISTA. É a partir dessa época que se pode efetivamente falar em uma Confraternidade Martinista.

Em 1891 a Ordem Martinista foi dotada de um Conselho Supremo, e Papus foi escolhido Grande Mestre da Ordem. O coração do Martinismo fixou-se em Paris, e, imediatamente, foram criadas quatro Lojas: Esfinge, Hermanubis, Velleda e Sphinge. Cada uma com características específicas, mas todas fiéis ao pensamento de seu inspirador: Louis-Claude de Saint-Martin – o FILÓSOFO DESCONHECIDO.
Gérard Encausse (Papus)
A Ordem, com o tempo, expandiu-se também no estrangeiro, e foram instaladas diversas heptadas na Bélgica, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália, Egito, Tunísia, Estados Unidos, Argentina, Guatemala e Colômbia. Não há registros, s.m.j., do funcionamento da Ordem, naquela época, nem em Portugal, nem no Brasil.

Com o advento da Primeira Guerra Mundial a Ordem Martinista entrou em dormência. Papus transferiu-se voluntariamente para o front (para servir como médico), vindo a falecer antes do fim do conflito, em 25 de Outubro de 1916. Com a transição de Papus, a Ordem passou por dificuldades e quase desapareceu. Foi exatamente em 24 de Julho de 1931 que os martinistas autênticos, no intuito de distinguir a Ordem de movimentos pseudomartinistas (inautênticos), reuniram-se em torno de Augustin Chaboseau e acrescentam à denominação da Ordem o qualificativo TRADICIONAL.
Um dos Retratos Disponíveis de Louis Claude de Saint-Martin
Nova prova para os martinistas: a Segunda Grande Guerra. A Ordem entra praticamente em nova dormência, pois no dia 14 de Agosto de 1940 o jornal oficial publicou um Decreto do Governo de Vichy proibindo na França o funcionamento de todas as organizações secretas. Todavia, duas Lojas continuavam a operar incógnita e silentemente: Athanor e Brocéliande. A Gestapo não dava sossego às organizações iniciáticas. E alguns iniciados, não apenas da TOM, foram martirizados e mortos nos porões do nacional-socialismo pelos títeres nazistas.
Augustin Chaboseau
1945: término das hostilidades. Augustin Chaboseau (Sâr Augustus), incansavelmente, reativou a Ordem pela última vez, pois veio a falecer em 2 de Janeiro de 1946. Na Europa, com a morte de Chaboseau, o movimento martinista passou mais uma vez por grandes dificuldades. Sua sustentação deveu-se a Ralph M. Lewis (Sâr Validivar), então Imperator da Ordem Rosacruz e Grande Mestre Regional da Tradicional Ordem Martinista que, com seu incansável trabalho e acurado senso de organização, sedimentou a agremiação na Europa. Foi eleito Soberano Grande Mestre da Ordem e dirigiu-a por 48 anos até o momento de sua Grande Iniciação, em 12 de Janeiro de 1987.
Emblema da Tradicional Ordem Martinista
Hoje, a Tradicional Ordem Martinista é dirigida universalmente por Christian Bernard, também Imperator da Ordem Rosacruz - AMORC. Presentemente, a TOM está instalada também no Brasil.
Ralph Maxwell Lewis
Apesar de todas as adversidades, a Tradicional Ordem Martinista sempre conseguiu manter e transmitir sua Luz ao longo do tempo. Os martinistas - Servidores Incógnitos - sabem e concordam com Victor Hugo quando afirmou: A revolução muda tudo, menos o coração do homem. Por isso, como preconizou Saint-Martin, não é no exterior que se deve produzir a mudança, mas sim no coração de cada homem. É esse conceito que os martinistas denominaram (e denominam) de SENDA CARDÍACA.
Christian Bernard
MARTINISMO: UMA SENDA CARDÍACA

Conforme se afirmou anteriormente, Martinès de Pasqually entendia que a ascensão do homem só poderia operar-se pela Teurgia, ou seja, por um conjunto complexo de práticas ritualísticas, visando obter sua reintegração com a Divindade com intermediação Angélica. Saint-Martin desaprovava essas práticas. Achava-as perigosas e ultrapassadas. Acreditava que com o advento do Cristo o homem poderia ter acesso ao Reino Divino sem intermediários. Evocar ao invés de invocar. Dentro e não fora. Interior e não exterior. A ascese interior é o caminho, e, nesse sentido, é no coração do homem que tudo deve acontecer. Para os martinistas o Universo e o homem formam um todo, e como ensinava Saint-Martin: não podemos ler senão no próprio Deus, nem nos compreender senão em seu próprio esplendor. Se o homem não é mais capaz dessa harmonia é porque se tornou vazio de Deus. Ficou adormecido para a espiritualidade. Escolheu que assim sucedesse. Lutar pela reintegração é preciso. É sobre essa questão primordial que repousa todo o trabalho martinista: aREINTEGRAÇÃO DO HOMEM. O poder original perdeu-se. Mas não se perdeu, certamente, o germe desse poder. Só depende - e depende exclusivamente - do homem cultivá-lo, trabalhá-lo, e fazê-lo crescer e frutificar. Mas há aqueles que têm consciência dessa nostalgia. Há os que sentem um impulso interior de reencontrar a pureza original. São os Homens do Desejo. É o desejo de Deus. É a fome de Deus. É a saudade metafísica insatisfazível do reencontro interno e insubstituível com a DIVINDADE INTERIOR. No âmbito do Rosacrucianismo isto corresponde à construção in corde do Mestre-Deus pessoal de cada Iniciado.
Assim, a senda martinista é a SENDA DA VONTADE, voltada para a reconstrução do TEMPLO INTERIOR. Para edificar e reconstruir esse Templo, o iniciado Martinista apoia-se em três pilares: a Iniciação, os Ensinamentos Martinistas e a Beleza. Pelos dois primeiros adquire (ou readquire) FORÇA e SABEDORIA. Alcançadas ou (re)alcançadas essas instâncias do ser, nascerá (ou renascerá) a BELEZA que marcará com seu selo a reconstrução de seu Templo Interior. Portanto, a edificação do Templo Interior apóia-se na Lei do Triângulo.

Sobre a questão da iniciação, vale a pena recordar o que ensinou Saint-Martin a Kirchberger:Pela iniciação podemos entrar no CORAÇÃO DE DEUS e fazer o CORAÇÃO DE DEUS entrar em nós, para aí fazer um casamento indissolúvel. Pela Iniciação o homem lentamente tornar-se-á seu próprio REI. EU E MEU PAI SOMOS UM.

Os ensinamentos de Saint-Martin são, sem exceção, aplicáveis a toda a Hhumanidade. Considerava a fraternidade (e não a igualdade) a base de toda a vida social e propugnava a união de todos os seres humanos em nome do amor. Justiça e caridade, força e fraqueza, só podem encontrar seu ponto de equilíbrio pela e na fraternidade. Assim, a Tradicional Ordem Martinista - que preserva os ensinamentos de Louis-Claude de Saint-Martin - propugna que a felicidade da Humanidade é dependente e proporcional à felicidade de cada um de seus membros e na união de todos pela fraternidade, que propicia uma verdadeira igualdade pelo equilíbrio estável de direitos e de deveres. A resultante desses dois lados do triângulo conduz ao terceiro - a liberdade - que determina a segurança e a preservação de todos. Mas, nada pode acontecer sem HUMILDADE e CARIDADE.

Em seu trabalho os martinistas não empregam nem magia, nem teurgia, nem se preocupam com a acumulação de um saber puramente intelectual, pois entendem que para progredir na senda da reintegração não é a cabeça que é preciso empenhar e sim o coração. É no coração - o templo sagrado e alquímico de transmutação do homem antigo no homem perpétuo - que serão encontradas as sete fontes sacramentais, as sete colunas, que harmonizarão e fertilizarão todas as regiões do ser do homem. Dessa Alquimia Transcendental e perene, manifestar-se-ão, para sempre, a Sabedoria, a Força e a Magnificência...

Segundo Saint-Martin na obra O Novo Homem, essas possibilidades estão à disposição do ser humano, porque nunca dele lhe foram subtraídas, e tais maravilhas encontram-se perpetuamente no seu coração, eis que aí têm existido desde a origem.

No discipulado, o martinista utiliza dois livros simbólicos (díade martinista): o Livro da Natureza- imenso repositório de conhecimentos - e o Livro do Homem - a ser lido por introspecção, pelo retorno ao centro do ser, pelo retorno ao coração. Aí é o lugar para e de contemplação interior, de transmutação divina, e que se constitui na via Esotérica, Alquímica e Secreta de todos os seres. Nesse processo, o Homem Velho acaba por ceder lugar ao Homem Novo. Essa regeneração foi definida por Saint-Martin como uma imitação interior do Cristo; e, tendo se tornado Homem-Espírito, poderá cumprir seu ministério: ser o intermediário ativo entre o Absoluto e o Universo. Este é o significado oculto da sentença: Lázaro, levanta-te. Todo Martinista é potencialmente um Lázaro. Não haverá mais em cima ou embaixo, exterior ou interior, dentro ou fora. A comunicação será permanente, e o homem terá alquimicamente se transmutado no templo de Deus. A Jerusalém Celestial terá sido restabelecida, pois o homem foi, então, batizado pelo Fogo Sagrado do Santo Espírito. I-NRI. I-Na-Ra. I-Na-Ra-Ya. YN-RI. A Doutrina Martinista veio (re)anunciar, portanto, a Era do Cristo Cósmico, que já começa a se revelar na alma de todos os seres, que, ainda que vacilantemente, estão iniciando a perceber que a insistência em chafurdar em valores transitórios e subalternos, só pode conduzir a sofrimentos e a desastres, qualquer que seja a duração dessas transigências, qualquer que seja a dimensão de cada tentativa. Ambas serão sempre frustras. Não se pode esquecer de que, posteriormente, Rudolf Steiner (1861-1925) viria a exaltar os mesmos princípios no âmbito da Sociedade Antroposófica. Este místico austríaco deixou uma obra monumental que deve, s.m.j., ser examinada por todos aqueles que se interessam pelos temas abordados neste pequeno e modesto ensaio. Outro pensador de nomeada foi o jesuíta Teilhard de Chardin (1881-1955), que faleceu no mesmo ano de Albert Einstein (1879-1955). Ambos foram cientistas, filósofos e místicos. Examinar os pensamentos destes dois ilustres transmissores é profundamente inspirador.

E assim, se se puder simplificar ao limite máximo para a mínima compreensão do que possa ser esoterismo ou iniciação no sentido martinista, talvez um resumo do que deixou escrito Saint-Martin, possa desarmar as consciências, de um modo geral, e estimular o início de uma pesquisa e de um estudo mais sistemático e mais aprofundado sobre essa possibilidade de acesso a um conhecimento, que está a todos disponível, aberto e sem reservas: A única Iniciação... é aquela pela qual podemos penetrar o coração de Deus e induzir este coração divino a penetrar o nosso.Kirchberger, como se viu, teve o privilégio de receber esse inspirador pensamento do próprio Formulador. A vereda martinista é, portanto, CARDÍACA. Interna. Não-teúrgica. Cabalística e ao mesmo tempo Iniciática. Assim, contrariamente à tagarelice profana e vulgar, iniciação (no sentido esotérico) é experiência pessoal, aprendizado, compromisso com o bem, com a justiça, com a fraternidade e com a liberdade; é o propósito de servir e atuar neste Plano de existência com firmeza e tolerância, mas também com bondade e compreensão, respeitando a multiplicidade de credos e de opiniões, sempre colaborando para a ascensão social e espiritual da Humanidade. É, em suma, a prática plena pela compreensão plena do PRIMEIRO MANDAMENTO. Por último, sobre a Verdade, Saint-Martin deixou escrito: A opressiva desventura do homem não é ignorar a existência da verdade, mas interpretar erroneamente sua natureza. Este conceito é equivalente à anarquia pitagórica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Tradicional Ordem Martinista - TOM - contemporaneamente, permanece como a maior Ordem Martinista em atividade no mundo. Para tanto, conta com a aliança mística com a Ordem Rosacruz - AMORC. É, nesse sentido, a organização Martinista que possui o maior número de Heptadas tradicionalmente constituídas e é a que possui a melhor organização administrativa. A possibilidade de afiliação à TOM, que não é automática, determina ao postulante que seja membro da AMORC há algum tempo. Para solicitar filiação à TOM, o candidato deverá estar consciente de que o princípio básico que norteia todos os martinistas (de qualquer denominação) é: SERVIÇO INCÓGNITO.
A sucessão da Tradicional Ordem Martinista possui vários ramos, dentre os quais, entre outros, destaca-se: Papus, Augustin Chaboseau (Sâr Augustus), Ralph Maxwell Lewis (Sâr Validivar) e Christian Bernard (Sâr Phenix). Sâr = SENHOR TRANSTERRENAL, FILHO DE RÁ.

O MARTINISMO é, minimamente, como admite um espiritualista contemporâneo, o caminho do equilíbrio entre a ciência e a religião. É, assim, um método desenvolvido e destinado a facilitar a compreensão da existência da harmonia entre todas as coisas e o empenho da prática do AMOR UNIVERSAL.

Segundo Papus: A magia, considerada como uma ciência de aplicação, limita quase unicamente sua ação ao desenvolvimento das relações que existem entre o homem e a natureza. O estudo das relações que existem entre o homem e o Pano Superior ou Divino, em todas as suas modalidades, pertence à Teurgia. (É sabido que Papus, no final da vida, abandonou in pectore a Teurgia para seguir a Senda do Coração).

Enfim, o MARTINISMO pratica Magia ou Teurgia? A Teurgia ou a prática teúrgica se apresenta, necessariamente, com um caráter secreto, impossível de ser violado, sendo, desta forma, inteiramente desconhecida da grande maioria dos estudantes de misticismo, pois exige do operador aptidões excepcionais, que, dificilmente, são encontradas, hoje, em um único indivíduo. Para um exercício teúrgico realmente eficaz e eficiente é necessária uma instrução adequada e uma amplidão de conhecimentos que consiste, no mínimo, do domínio de uma língua antiga (hebraico, grego ou latim), de conhecimentos consistentes de Astronomia e de Astrologia, e de substanciosa sapiência de Alquimia e de Ritualismo Cerimonial. Como pode ser facilmente observado, torna-se a enfatizar, é muito difícil que, contemporaneamente, alguém possa deter todos esses conhecimentos. Também, são imperativas uma CONDUTA PURA, uma VIDA PURA e uma CONSCIÊNCIA PURA. Analisando de maneira realista o que é denominado de Teurgia, pode-se dizer que é, no máximo, uma forma de magia, ou melhor, de Alta Magia, através da qual é provável (mas não aconselhável), com determinação e com muito estudo, que sejam conquistados alguns resultados de natureza psíquica. Mas, o que poderia ser considerado um resultado teúrgico satisfatório? Talvez, um nível de harmonização, de paz interior e de conhecimentos não acessíveis à grande maioria dos estudantes. Sob este entendimento o Martinista é um praticante de Magia, ou melhor, de Alta Magia. Mas o que realmente deve ser importante para o BUSCADOR? A prática Teúrgica? Os resultados oriundos de uma presumida comunicação com os seres angelicais, ou melhor, com as Hierarquias Celestes? Ou, o importante é a Transmutação Interior? É a ALQUIMIA INTERIOR, cujos instrumentos são a devoção, a dedicação e o estudo, que é proporcionada ao operador, ao buscador, ou, ainda, ao estudante para poder servir altruisticamente. O Martinismo, primordialmente, tenta conciliar a Ciência com a Religião, e isto é Conhecimento que suplanta a Fé cega, que, no inexistente tempo, também será transmutado em SABEDORIA –› ShOPhIa .

Parafraseando, colando e recortando palavras de Monte Cristo SI, o intuito desta compilação foi o de fornecer informações históricas sobre o Martinismo através dos séculos. Como todo Martinista sabe (qualquer que seja a Ordem a que pertença), não se julga um irmão pela riqueza ou pela pobreza do berço que o embalou, e sim pela fraternidade que une os seres que possuem gravados em seus íntimos a mesma INICIAÇÃO e a MESMA PATERNIDADE ESPIRITUAL. Este é o elo iniciático, místico, fraterno, histórico e tradicional que une TODOS os Martinistas.

De qualquer forma repete-se: Louis-Claude de Saint-Martin renunciou à Teurgia - senda externa - em proveito da SENDA INTERNA. Considerava a Teurgia perigosa e temerária. Reputava, outrossim, arriscada a invocação angelical quando operada pela via externa. O caminho era o interior. Saint-Martin desejava: entrar no coração da Divindade e fazer a Divindade entrar em seu coração. Acreditava - e eu também - que, com o advento do CRISTO CÓSMICO, o homem pode ter acesso ao Reino Divino sem intermediários. Evocar ao invés de invocar. Dentro e não fora. Interior e não exterior. A ascese interior é o caminho, e, nesse sentido, é no CORAÇÃO DO HOMEM que tudo deve acontecer. A este processo MÍSTICO-ALQUÍMICO-INICIÁTICO os Martinistas, particularmente os membros da TOM, denominam de SENDA CARDÍACA.

Por último, deve-se obrigatoriamente registrar, estas considerações finais foram, em alguma medida, o resumo de alguns recortes (em parte modificados, em parte ampliados) obtidos de alguns dos sites abaixo relacionados (acessados em 22/12/2003), pois, considerou-se fundamental, nesta oportunidade, coligir opiniões distintas sobre o Martinismo, ao mesmo tempo em que se divulgam algumas páginas da Internet que tratam do tema ora examinado. A LUZ DEVE SER ESPARGIDA POR TODOS OS VEÍCULOS. Entre os Martinistas não há ciumeiras. Isto esclarecido, autoriza-se aos interessados, a divulgar, por qualquer meio, o conteúdo de todos os trabalhos apresentados no meu próprio site, sem necessidade de que seja citada a fonte. A LUZ DEVE SER ESPARGIDA POR TODOS OS VEÍCULOS. Assim seja.

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